Poemas de saudação aos confrades

ACADEMIA NACIONAL DE MAÇONS IMORTAIS - ANMI

Aos escritores inauditos
Que obreiros, os novos murais
À Arte Real adstritos
Que à obra e canteiros cabais

Aos contributos infinitos
Que ultrapassam todos portais
Os novos assentos benditos
À confrades argutos vitais

Academia acima de mitos
Que à cultura e às letras leais
Com eutimia ditam seus escritos

Fazerem história aos seus anais
Livres pedreiros eruditos
À glória dos “ Maçons Imortais “ !




SAUDADE DE SÃO JOÃO

Quem lembra do bom pinhão ?
Daquele quentão na chaleira
Da paçoca feita em pilão
Daquela pipoca caseira

Os vizinhos em união
De cada qual uma assadeira
Com bolinhos em profusão
Pamonha à mão, costumeira

A cidade tornando em rincão
Sanfona ronca noite inteira
Quanta “Luz” na escuridão
Noite fria, estrelada, fagueira

Como um sonho, quase ilusão
As crianças em fileira
Arteiras, felizes, no clarão
Ordeiras, pulavam a fogueira

Nas cinzas sobradas no chão
A batata doce grosseira
Caia apagado balão
Findava noite sobranceira ...

Era sim uma tradição
Com a turma companheira
Que habita hoje o coração...
A família verdadeira

Inda algum som de rojão
Fim da estação passageira
Saudade de “São João” !
Inesquecível noite festeira !




VIDA

Obra Maior da Divindade...
Na igualdade um norte
Por livre arbítrio, liberdade,
Acima do acaso, da sorte

Que tem no amor, na bondade,
E no labor o suporte
Do Criador faculdade
Tanto ao fraco como ao forte

Esperança, Fé, Caridade
Do seu espírito aporte
Da “VIDA” que eternidade

Nessa obra de tal porte
Encima a plena verdade;
Que não há fim, não há morte !




E F L Ú V I O S

Exala tão bom perfume
No Augusto Templo Sagrado
De livres pedreiros costume
E desde há muito pairado

Não dum incenso que defume
Um ambiente pesado
Pra clarear um negrume
Por algum rancor criado

Mas, bons eflúvios em volume
Fulcro do grupo irmanado
Qual irradiado lume

Essência do iniciado
Pelo aroma se presume...
Da Verdadeira Luz emanado




VISITANTE

O cidadão chegou ao local
Sem qualquer acompanhante
Dispondo-se ao exame usual
Que o telhamento provante

Logo um antigo oficial
Cortez, com sério semblante
Perscrutou atento, informal,
O desconhecido andante

Disse vir de casa divinal
Velada por santo, distante,
Trazendo um abraço fraternal
Buscando lugar edificante

Franqueado a ele o portal
A obra avançou noite avante
Em que o obreiro principal
Foi esse irmão tão brilhante

E a sessão chega ao final
A saudade já flagrante
Mas, assim dita o ritual
À gratidão doravante

E na forma habitual
Agradeceu feliz, ofegante,
O jeito amável, diferencial,
Que respondeu o oficiante :

Reconheço-te como tal
E não como visitante
Esse Templo é universal...
Igual irmão viajante !





ADILSON ZOTOVICI

Cadeira 07

Patrono: Jerônimo Borges

Membro das seguintes Academias:

AMLJF -  Academia Maçônica de Letras de Juiz de Fora - Correspondente
ALAGOA - Academia de Letras e Artes do Grande Oriente de Alagoas- correspondente
AMVBL- Academia Maçônica Virtual Brasileira de Letras- Membro Efetivo - Cadeira 48 - Patrono Francisco Rorato

Comentários

  1. Nobre confrade e querido irmão Adilson Zotovici, muito grato pela sua contribuição para o Blog do nosso sodalício. Sua poesia eminentemente maçônica é uma preciocidade. Muito grato também pela sua valiosa colaboração ao Salmo133, pela qual publicamente agradeço. Fraterno abraço!

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  2. É uma honra participar com nossos poemas, pelo que sou grato pelas publicações e por seu maravilhoso e incansável trabalho por todos nós seus Confrades...

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