Equinócios e Solstícios de Um Despertar!

Estou me despedindo da Estação do Ano que mais gosto – o outono. Após o voraz calor do verão, as temperaturas das agitadas tardes “estivais”, a natureza começa a buscar o equilíbrio, através dos confortáveis e amenos dias do outono. Nessa estação, a natureza nos ensina a deixar o extremismo de lado e a buscar a equidade, o equilíbrio. O Sol, aos poucos, vai dosando seu espetáculo diário, nascendo, cada vez mais tarde, e se pondo, a cada dia, mais cedo, até o momento em que o dia, em perfeita harmonia com sua amada noite, passam a ter a mesma duração. E, desse amor equinocial nasce o outono, trazendo enormes ensinamentos.

Se existe um momento do dia, neste mundo tridimensional, que aprendi apreciar, foi o cair das tardes “outonais” de domingo. Parece, pelo menos, para mim, que o mundo faz uma silenciosa pausa; que a natureza, naquele momento, em respirações lentas e imperceptíveis, entra em meditação, convidando-nos a nos interiorizar, na busca do equilíbrio. Em mim, abre-se um portal e uma valiosa oportunidade para um diálogo com a Alma; sinto-me convidado a escutar o inaudível silêncio do nada e apreciar aquilo que meus olhos não veem.

É notório que a humanidade, atualmente, experimenta o gosto amargo de um dualismo extremo; da incompreensão entre as pessoas, que mal percebem que estão sendo, maquiavelicamente, conduzidas a esse comportamento desagregador. Estimulam discussões estéreis e contendas entre amigos e familiares, à guisa do “dividir para governar”, manipulando suas mentes para não prestarem atenção em seus interesses coletivos.

Trata-se de uma Matrix. A escravidão financeira em que vive as massas, exige que as pessoas foquem em sua subsistência, não lhe sobrando tempo e nem condição mental para pensar em aspectos de sua evolução. Por fim, oferecem ao povão o “pão e circo”, para que esse se distraia e não perceba suas ações nefastas e manipuladoras.

A natureza, além de bela e encantadora, para o bom observador, é um livro de sabedoria! Se o Equinócio é a busca do equilíbrio, em contrapartida, o Solstício é o auge do extremo. É o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. E, a partir de então, após três dias, inicia seu retorno até, novamente, voltar ao Equinócio. Afinal, a palavra “Solstício” vem do latim (Sol + sistere), significando “Sol imóvel”.

Quando o Mestre Jesus foi levado a crucificação e “morte”, por esse mesmo Sistema que, hoje, continua a manipular a humanidade, Ele ressuscitou após três dias, a exemplo do movimento do Solstício. Após o frio e tenebroso inverno, com o mínimo de exposição de Luz, o Sol volta a encontrar sua amada, nas esquinas inebriantes do Equinócio, tomando Força e Vigor, até voltar a sua plenitude, em mais um Solstício.

Do mitraismo, foram extraídos diversos ensinamentos para serem inseridos no cristianismo, a exemplo da comemoração “Nativitas Solis Invicti” (nascimento do Sol Invicto), que era festejada no dia 25 de dezembro, que veio a dar origem a comemoração do Natal cristão. Em verdade, em nenhuma parte da Bíblia aponta o dia em que Jesus Cristo nasceu. Em verdade, Jeoshua – o chamado Jesus bíblico, passou a se chamar de Jesus, “o Cristo”, a partir de Paulo de Tarso, o discípulo que sequer conheceu o Mestre, em Sua passagem terrena. O termo “Cristo”, vem do grego, “Christos”, significando ungido.

Hoje, embora, estejamos passando por dias turbulentos, à guisa de um tenebroso inverno, a humanidade vivencia o iminente renascimento do “Sol Invictus”, ou do Advento de Maitreia, ou, ainda, a volta de Jesus, o Cristo, como queiram assim chamar o momento atual. Contudo, tal advento não irá ser levado a efeito como o Sistema manipulador religioso ensinou, abrindo-se as nuvens e do céu, descendo o “Salvador”.

Tal advento, a manifestação da Consciência Crística, será, na verdade, a expansão da consciência individual de cada um – O Cristo em nós! Seus efeitos já são visíveis e não, apenas, na espécie humana, mas em todos os reinos da natureza. Basta olhar com olhos de ver!

Nosso sistema solar completou um ciclo de 25.920 anos, ascendendo, em espiral, e o nosso Sol, passou a ser a oitava estrela da Constelação das Plêiades. Nosso Planeta, com a entrada na Era de Aquarius, passou a ser banhado pelo Cinturão de Fótons. Tudo o que está manifestado está sendo elevado uma oitava acima. A Terra passa por uma transição ascendendo da 3D para 5D.

Consequentemente, cada um, no seu tempo, ascenderá em uma oitava. Sua composição passará de carbono a silício, exatamente, uma oitava acima. Silício, cristal, Crística. Tal mudança será necessária, a fim de poder suportar a frequência da Nova Terra, em 5D. Os que não expandirem suas consciências, a fim de atingirem a vibração necessária, não conseguirão habitar a Nova Terra. Tudo é energia, frequência e vibração! Como os “Exilados de Capela”, esses irão habitar mundos análogos a sua vibração de 3D. É a Separação do joio e do trigo!

As massas vivem aprisionada na Matrix, à guisa da “Alegoria da Caverna”, de Platão. Como gado, seguem a espera de um Salvador que as liberte, e sua inércia mental retroalimenta esse Sistema opressor que a escraviza. Tal alegoria é bem conhecida por todos e reflete bem a realidade atual. A quem interessar conhecer a “Alegoria da Caverna”, de Platão, sua estreita relação com o filme “A Matrix” (1999) e a nossa realidade atual, CLIQUE AQUI!

Todos, sem exceção, estamos “condenados” a evoluir, embora, cada um no seu tempo, conforme a expansão de consciência individual. Contudo, estamos nesse primoroso momento saindo de um mundo de provas e expiações (3D) e tendo a chance de ascender à Nova Terra (5D), um mundo de realizações. Os Tempos são chegados e não podemos ser pegos dormindo. A palavra de passe é: DESPERTAR!

Sei que esse texto é para a compreensão de poucos. Portanto, não foque no que está escrito e sim em suas entrelinhas. O momento exige de nós a mais profunda reflexão e o despojar das certezas cristalizadas. Livre-se de conceitos e crenças limitantes, e se permita a um novo olhar para o mundo. Até porque, o mundo que conhecíamos não mais existe. Quem ficar preso as coisas do velho mundo irá perecer com ele. Como disse o Avatara da Era de Piscis: “deixe que os mortos enterrem seus mortos!”



Assim como um lago a espelhar a beleza da vegetação e a imensidão do céu, em uma tarde de domingo de outono, o verdadeiro Iniciado vive a oferecer seus parcos ensinamentos aos demais, adquiridos no enigmático “Observatório da Vida” - aquilo de bom, de bem e de belo que existe em seu interior. Manter a serenidade é uma peculiaridade do Lago.

Por vezes, surgirão os “narcisos”, que buscarão se utilizar do lago, para inflar o seu ego com os reflexos de sua própria aparência. Por vezes, aparecerão os que lhes arremessem pedras. A sabedoria do lago é fantástica! Está em receber as pedradas, acolhe-las e guarda-las carinhosamente, em seu leito, sem revidar. E, tão logo passe as ondas causadas pela ação inconsciente de seu agressor, retornará a seu estado normal de serenidade, voltando a espelhar as belezas do belo cenário que compõem as eternas tardes de mais um domingo aconchegante de outono, que ora se despede!

Que as noites frias dessa entrada solsticial de inverno encontre no silêncio do teu ser, a oportunidade de leva-lo ao Despertar e a refletir sobre os reais objetivos da vida!

Temos um encontro marcado no próximo artigo. Gratidão!


FRANCISCO FEITOSA DA FONSECA

Membro Correspondente C-02

Editor da Revista Maçônica "Arte Real"


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