CONSTRUTORES SOCIAIS X DESTRUIDORES SOCIAIS

CONSTRUTORES SOCIAIS X DESTRUIDORES SOCIAIS - UMA LUTA FRATICIDA UNIVERSAL

Segundo a doutrina espírita, a Terra é um planeta de expiação, para onde vieram espíritos com a expectativa de regeneração moral e espiritual. Mais ainda, informa que as famílias terrenas são formadas ainda no plano espiritual, reunindo espíritos com dívidas pretéritas entre si, que aqui passam a viver como seres humanos sob o mesmo teto, para juntos evoluírem espiritualmente e progredirem materialmente.

Essas familias, cada uma com seus problemas cármicos são os núcleos básicos da humanidade, que se unem por laços sociais para formarem núcleos, cidades, estados e países. Daí nascem os conflitos familiares, sociais, políticos e de beligerância entre as nações, na busca da supremacia do poder temporal.

Parece-nos, que a luta pelo poder terreno, é o principal objetivo do homem, dos nossos líderes, dos nossos governantes e de países, cada um com seu regime de governo, seja democrático, seja totalitário. O que vem acontecendo desde os tempos dos Faraós, que pensavam que eram deuses, seres infalíveis, donos da razão e da vida de seus administrados.

Assim, também, acontece em nosso país, no qual existe no momento nacional uma luta entre os construtores sociais e os destruidores sociais, numa luta inglória, entre democratas e socialistas, lutando pelo poder de governar o Brasil de acordo com seus princípios éticos, morais e políticos, tendo como grande perdedora a nação brasileira, cujo povo espera desesperado por um futuro incerto.

Desse mesmo jeito, acontece no ambiente de nossas instituições sociais, em associações de bairros, em associações esportivas, sociais, em sindicatos, em entidades patronais e de empregados, e em agremiações partidárias, onde sempre presente está a luta pelo poder de liderança, mesmo que seja temporário, efêmero e ilusório.

Entre essas instituições sociais, destacamos a Maçonaria no Brasil, onde até o ano de 1927 era representada pelo Grande Oriente do Brasil, fundado em 17 de junho de 1822, por jovens brasileiros, filhos de portugueses, que foram estudar na Europa, nas universidades de Coimbra, em Portugal e em Montpellier na França. Ou seja, o GOB é a segunda instituição social mais antiga instalada em nosso país e que ainda está em funcionamento em ritmo crescente em seus quadros sociais.

E, como não poderia deixar de ser, mesmo no ambiente maçônico, onde os maçons se tratam por amigos e irmãos, a luta pelo poder também se faz presente, desde junho de 1822, e vem prosseguindo até os dias atuais, sempre gerando cisões, retrocessos, desânimos, evasões, e principalmente incerteza quanto ao futuro da Instituição no território nacional.

Acredito eu, que estamos mum momento crucial, de um lado, assistindo o nosso país sendo mal administrado, tendo seu patrimônio dilapidado, perdendo posições de destaque no concerto das nações democráticas, e de outro, convivendo com os fantasmas da desarmonia e da desunião no ambiente maçônico, em face de conflitos interpessoais e inter institucionais. Assistindo a publicação na internet de matérias sem base na verdade verdadeira dos fatos, com o objetivo de denegrir a imagem de nossas autoridades maçônicas e da Potência Maçônica que representam neste instante.

Estamos assistindo a um festival de notas de repúdio de maçons e de Lojas, com críticas às decisões de nossas autoridades maçônicas, quer administrativas, quer judiciárias, na vã tentativa de desmerecer suas decisões e de criar dúvidas quanto a honorabilidade de nossos líderes atuais. A maioria se apresentando como vestais da verdade e/ ou vítimas.

Essa profusão de desencontros, de incompreensões, de vitimação, de confronto, não nos leva a nada de positivo, pelo contrário, só irá provocar novos conflitos, novos retrocessos e descrédito junto a opinião do nosso contingente obreiro e da opinião pública brasileira.

Está na hora de pormos as mãos nas nossas consciências e parar para pensar o que é melhor para nós: continuar na senda maçônica, continuar acreditando em nossos líderes ou nos afastar em definitivo da nossa jornada maçônica? Eis a questão que se nos impõe neste momento de reflexão ou de inflexão.

Hélio P. Leite - um eterno buscador
Brasília, DF, 26 de junho de 2024



HELIO P. LEITE

Presidente da ANM

Cadeira 33

Patrono: Joaquim Gonçalves Ledo

Comentários

  1. Bom texto irmão Hélio. Penso, entretanto, que não seja o caso de ninguém sair da maçonaria, mas sim compreender e tolerar visões diferentes de um mesmo mundo, de um mesmo Brasil e da mesma Potência. Infelizmente, dentre nós há irmãos que não compreendem o fenômeno político e os papeis políticos e sociais das instituições, inclusive de suas potências. Dentre estes há aqueles que não compreendem ou toleram uma convivência democrática, harmoniosa e protocolar entre as Instituições de governos e Potências. Confundem as Instituições GOB, STF, Câmara dos Deputados e etc., com os ocupantes transitórios de suas respectivas presidências. Eu pessoalmente, entendo ter sido correta, positiva e institucional a reunião entre o GOB e os representantes de algumas instituições e Poderes de nossa República. O GOB (instituição) é suprapartidário, não tem ideologia política, nem econômica e etc., seus membros por sua vez estão livres para aderirem ou praticarem a ideologia que desejaram. A meu singelo juízo as notas de repúdio foram, em que pese legítimas e compreensíveis, foram deselegantes, ácidas, desnecessárias e incompatíveis até mesmo com os valores que norteiam a maçonaria, dentre eles o da LIBERDADE. O GOB é administrado por pessoas educadas, sérias e que compreendem suas responsabilidades e não devem ceder a pressões ilegítimas para que possa cumprir, como já vem cumprindo, com incondicional respeito ao interesse público e com absoluta independência moral, os elevados objetivos inscritos na Constituição de nossa República e em sua própria Constituição, consistentes em servir, com reverência e integridade, ao que proclamam e determinam os elevados princípios da República e da Maçonaria (GOB) e repelir qualquer tentação autoritária contra as Instituições de Estado e Maçônicas (Texto sem revisão - Marcelo Artilheiro)

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